SÃO JOÃO Hoje é dia do nascimento de João Batista, ou simplesmente São João, como é mais conhecido, o profeta que primeiro previu a vinda de seu primo Jesus Cristo como o Messias Salvador e o ba-tizou no Rio Jordão, tendo sido declarado santo pela Igreja Católi-ca. É uma data muito comemorada por todos os cristãos no mundo, por ser aniversário do santo festeiro, razão de festejarmos durante todo o mês de Junho as famosas Festas Juninas. Em tempos de pandemia não teremos comemorações nem Festas de São João, já que a situação atual não nos permite aglo-merações, mas podemos e devemos nos lembrar com carinho dessa data festiva e afeita a todos aqueles que creem em Jesus Cristo. Por outro lado, antes mesmo dessa tragédia do COVID-19 ter dado as caras por aqui, já se notava uma diminuição nas co-memorações das Festas Juninas. Hoje não vemos mais crianças e adultos envolvidos na organização das festividades juninas nas escolas ou em comunidades, como era comum antigamente. É triste ver que hoje a tradição das festas juninas ou das festas de São João, com fogueiras, balões, quitutes etc. estão acabando, cada ano diminuindo mais. Em algumas cidades do norte e nordeste do país ainda se preserva a tradição das festas juninas de forma animada e rica em detalhes, mas em muitos lugares do Brasil não se vê mais festejos juninos como outrora, tendo como lembrança do dia apenas o feri-ado municipal declarado por algumas cidades. Lembro com saudades do meu tempo de menino e do quanto eram legais as Festas de São João, o arraiá com todas as suas tendas que vendiam doces e salgados variados, bolos, pipocas, amendoins, quentão e vinho-quente, das fogueiras e das quadrilhas, dos fogos de artifício (hoje proibidos), dos rapazes com seus chapéus nas mãos e das moças com seus vestidos remendados, dos rostos pintados, dos bilhetinhos de correio-secreto que eram mandados pelos apaixonados aos pretendentes e da temida cela da prisão, com aquele carcereiro que não botava medo em ninguém, onde você tirava da festa, por determinado tempo, aquele desafeto que estava dando em cima da sua prenda e o mandava em “cana”. Claro que havia suborno ao carcereiro por parte do trancafiado, pago em espécie ou com quitutes e bebidas, e o preso conseguia escapar antes do tempo previsto e voltava a atrapalhar o romance de alguém. Época muito boa de ser vivida e lembrada, que precisa ser resgatada por todos nós. Viva São João! 24 de junho de 2021.